terça-feira, 30 de junho de 2009

PRISIONEIROS DE NOSSA PRÓPRIA LIBERDADE?

Ao longo da história existem vários exemplos de grupos oprimidos que lutam pela sua liberdade.

Negros, mulheres, estrangeiros, judeus. Todos nós, em algum momento, já tivemos que nos unir aos nossos iguais e diferentes na luta pelo reconhecimento de nossos direitos, valorização e até mesmo pela vida.

O verdadeiro significado de todas essas lutas é a conquista de novas possibilidades, o fim da opressão, sem com isso anular ou diminuir outras liberdades essenciais aos direitos humanos.

Valorizar a cultura negra, não pode nem deve significar a desvalorização da cultura européia ou indígena, por exemplo.

Reconhecer o papel feminino no mercado de trabalho não significa desvalorizar aquelas (ou aqueles) que, por livre e espontânea vontade, prefiram dedicar-se exclusivamente ao papel de mães e responsáveis pela gerência do lar.

Recentemente a atriz e escritora Maria Mariana – ícone juvenil nos anos 90 com o livro e a série Confissões de Adolescente – Lançou o ótimo Confissões de Mãe.

Em forma de testemunho, Maria Mariana relata suas experiências maternas, nas suas dores e prazeres, além de exaltar a importância do papel feminino no lar e na criação dos filhos.

Não existe uma linha no livro que sugira qualquer submissão da mulher ao marido ou negue a importância das conquistas femininas ao longo do tempo.

Ainda assim, algumas vozes levantaram-se para acusar a autora de fazer apologia à Amélia!

Pena que as mentes que comandam estas vozes não consigam entender que: quando novas conquistas viram obrigação, novos preconceitos são criados e, fatalmente, viramos prisioneiros de nossa própria liberdade.

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